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Audi Q5
Em boa hora
O novo Audi Q5 é o carro certo no momento certo. Ele chega ao Brasil em 2009, mas já andamos
No ramo imobiliário, é a localização que importa mais. No ramo automotivo, é mais o “timing” do lançamento. O Q7 da Audi é um bom exemplo. Vende muito bem em nível mundial, mas poderia ter se saído melhor se tivesse chegado ao mercado mais cedo no ciclo do segmento. De qualquer forma, o Q5 chega aos Estados Unidos em março de 2009 (no Brasil no segundo semestre), quando os compradores irão abrir mão de tamanho em favor de eficiência e quando o fator custo-benefício será medido em relação aos nossos gastos cada vez mais reticentes. Nesse aspecto, o Q5 é o veículo certo na hora certa.
O Q5 topo de linha é movido por um motor 3.2 V6 FSI de 270 cv e 33,6 kgfm de torque, apenas um dos quatro motores que formarão a linha norte-americana. A seleção de marchas é feita por meio de um câmbio Tiptronic automático de seis velocidades atualizado e um diferencial auto-blocante que envia torque para todas as rodas, normalmente em uma razão de 60% na traseira e 40% na dianteira. Até 65% pode ser direcionado para a dianteira ou 82% para a traseira a fim de manter o equilíbrio de tração.
O preço ainda está indefinido, mas o valor Q5 deverá ser compatível com os de seus rivais, o BMW X3 e o novo Mercedes-Benz GLK. Vários níveis de pacotes opcionais, assim como um pacote off-road e um modelo S-Line mais esportivo, serão boas desculpas para gastar bem mais. Os Q5 europeus (que começam em 38.300 euros) estrearão ainda em 2008 com três outros motores, todos de injeção direta e turbo; o 3.2 V6 irá unir-se a eles em 2009. Um novíssimo 2.0 TFSI a gasolina com 211 cv e 35,7 kgfm de torque é acompanhado por um câmbio manual de seis marchas, enquanto os dois a diesel — o 2.0 TDI de 170 cv e 35,7 kgfm de torque (mesmo valor do 2.0 TFSI) e o 3.0 V6 TDI de 240 cv e enormes 50,9 kgfm de torque – são acoplados a um completamente novo câmbio S-tronic de sete velocidades e dupla embreagem, desenvolvido pela Audi.
O novo V6 traz a inovadora tecnologia de controle de válvulas da Audi, que ajusta a árvore de comando do lado da admissão para funcionar em dois estágios, melhorando o preenchimento do cilindro e ampliando a curva de torque para melhores aceleração e potência média, com pouco ou nenhum efeito no consumo. O resultado é uma entrega suave e uma “puxada” mais do que suficiente. Segundo a marca, o 0 a 100 km/h é feito em 6,8 segundos. Isso em um carro com 1.746 kg e um coeficiente aerodinâmico de 0,33.
Construído sobre a plataforma do novo A4, mas com maior comprimento, largura e, claro, altura do que o sedã, o Q5 está no topo ou muito próximo dele em todas as dimensões (exceto em altura, pois a Audi queria uma linha relativamente baixa para uma direção mais esportiva). Mesmo que você prefira carros pequenos, o tamanho importa. O Q5 tem um entreeixos que está entre os melhores do segmento, 2,80 m, chave para sua qualidade de rodagem. O comprimento total de 4,57 m contém um interior espaçoso para cinco passageiros e um espaço mínimo de 540 litros para cargas. A profundidade do porta-malas é de generosos 104 cm, largo e profundo o suficiente para colocar quatro malas de golf inteiras, diz a Audi.
Há muitos toques inteligentes pensados para armazenamento e para uma rodagem segura. Os modelos que serão vendidos nos EUA também ganham o sistema Rear Bench Plus, que permite ajustar os bancos traseiros em uma proporção 60/40 e tem uma regulagem separada para a seção dianteira e traseira. Com esta configuração, um espaço de 1,55 m² é liberado pelos bancos traseiros. Ganha-se um espaço de quase 1,70 m com o banco dianteiro do passageiro dobrado.
O Q5 traz muitos itens de série, um requisito para um segmento repleto de opções, mas também uma faceta positiva de modelos recentes da Audi. As rodas de série são aro 18” — as de 19” são opcionais e a do modelo S-Line é de 20”. O interior é similar ao do novo A4, o que significa que é bem equipado e estiloso. Itens de fábrica também incluem uma versão melhorada do celebrado sistema multimídia MMI da Audi, agora com navegador de gráficos 3D, opção de busca melhorada e capacidade para encontrar a rota mais eficiente em relação ao consumo. Há também bancos de couro, sistema de som de 180 watts com 10 falantes e sincronização com iPod e Bluetooth, assentos dianteiros ventilados e um sensor no rack de teto que ajusta a dinâmica do Q5 em relação ao peso carregado (que pode ser de até 100 kg).
Opcionais de destaque incluem lâmpadas bi-Xenon, engate elétrico, o maior teto solar do segmento, assistência de visualização lateral, sistema Audi Drive Select – o recurso inteligente que gerencia a direção, o câmbio e a suspensão para melhorar a performance e o conforto, além de um sistema de som da Bang & Olufsen de 505 watts e 14 falantes.
Avaliamos os quatro motores em pequenos percursos ao redor de Valencia, na Espanha, e todos se saíram muito bem. A Audi espera que o Q5 adicione muitos números para sua base sempre crescente. Nós não discutimos isso. A empresa vendeu mais de um milhão de carros mundialmente pela primeira vez em 2007, mas essa conta de sete dígitos pode facilmente crescer, digamos, por um fator Q5.
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